quarta-feira, 25 de maio de 2011

O FIM DO MUNDO

Esta é uma dessas coincidências inusitadas que só acontecem comigo à “beira do fim do mundo”... Estava eu, participando de uma manifestação do Movimento Popular Cidadania Ativa (MPCA), do meu amigo Renato Felisoni Jr., em frente ao Teatro Municipal, quando fui abordado pela bela e simpática Jussara Soares Moreira, repórter do Jornal Diário de São Paulo. Ela estava querendo saber das pessoas que passavam, o que cada um pensava sobre “a profecia do fim do mundo” prevista pelo Harold Camping, um apresentador de rádio e TV dos Estados Unidos.

Na base da piada dei o parecer que foi publicado no dia seguinte, 21/05/2011, na edição de sábado do jornal. Hoje, aproveitando a “deixa” de que o mundo não acabou, transcrevo uma mensagem pessoal para todos aqueles brasileiros que ainda sonham em erguer uma Nação culta, decente, justa e independente para as próximas gerações! Isto, dentro desse nosso mundo de Deus, que ainda não acabou...

A REALIDADE BRASILEIRA

Se nós conseguíssemos reunir em uma só voz todas as vozes dissonantes que ecoam nos quatro cantos da Nação para agirem de um modo concreto, seguramente o Brasil encontraria a solução para os seus grandes problemas.


sábado, 14 de maio de 2011

O DIA SEGUINTE

Passado o momento de delírio e caindo na realidade do espírito indignado/revoltado/acomodado do brasileiro, deixamos registrado aqui este testemunho como prova cabal da nossa determinação em levar avante a anunciada “Caminhada Levanta Brasil!”. O palco foi o Centro de São Paulo, em uma tarde nublada e fria do dia 13 de maio de 2011. Éramos um grupo reduzido de manifestantes: o que sobrou do imenso número daqueles que carregam no peito o grito de insatisfação. Um grito que apenas ressoa no repetitivo “rufar de tambores” do mundo virtual.

O discurso ensaiado para ser dito diante de uma platéia entusiasmada de jovens estudantes, de homens e mulheres temperados pela dura batalha da vida e de velhos dispostos a fazer do ato a última demonstração da rebeldia de outrora, ficou entalado na nossa garganta. Apenas alguns trechos truncados, foram gritados na rua por nós, um pequeno batalhão de brasileiros (e até um africano) que, teimosamente, insiste em não aceitar os abusos cometidos por aqueles privilegiados que foram eleitos para nos servir...

O discurso natimorto é o seguinte:

Brasileiros!

Não vamos ficar olhando a Banda passar!

Leiam o nosso panfleto e juntos, vamos erguer uma Nação culta, decente, justa e independente para as próximas gerações!

Mas não se iludam! Isso só será possível com professores que lecionem, estudantes que estudem e trabalhadores que trabalhem! Sem estudar, sem trabalhar e sem patriotismo, ninguém muda este País. Ninguém!

Atenção! Nós não somos políticos e nem queremos ser! O que nós queremos ser, é a oposição cívica que não existe neste país!

Leiam o nosso panfleto com atenção! Mostre-o aos seus parentes, amigos, vizinhos, conhecidos! Coloque-o no facebook, no seu blog, na Rede Social, enfim! Vamos organizar a Sociedade que trabalha e que estuda, pois é ela que constrói as riquezas do Brasil! O resto é papo furado de políticos!

Chega de sermos escravos dos espertos que dominam a Nação! A escravidão acabou em 13 de maio de 1888! Lá se vão 123 anos e ainda hoje nós somos escravos!

— Escravos da dívida externa.

Escravos da dívida interna.

Escravos da burocracia

Da carga tributária brasileira.

Da corrupção

Dos desmandos e

Da politicagem suja!

Brasileiros:

Façam alguma coisa para mudar de verdade este País abençoado por Deus!


São Paulo, 13 de maio de 2011.

Assinado:

Brasileiros em busca do eterno país do futuro.