Ouvindo, dias após dia, denúncias de desvios de verbas envolvendo as Organizações Não Governamentais (ONGs) brasileiras, eu entendo porque o nosso M.U.D.E. (Movimento de Unificação de Direitos Educacionais), criado no dia 15 de novembro de 1989, centenário da República Brasileira, não decolou. Aliás, o ex-ministro Antonio Delfim Neto deu a sua sábia versão sobre esse fenômeno: “O Brasil é o único país no mundo onde as ONGs são subvencionadas pelo governo!”
Como eu nunca almejei transformar o M.U.D.E. em um meio de ganhos ilícitos e sim em um instrumento de educação efetiva do cidadão brasileiro, ele ainda não saiu do papel. E não foi por falta de condições para entrar nos fartos esquemas de corrupção existentes nos porões da Administração Pública! Não será agora, no crepúsculo da vida, que vou sucumbir ao canto de sereias do Poder. Igual ao Ulisses, da Odisséia de Homero, amarrei-me no mastro da dignidade deixada como herança pelo meu humilde pai, Savério Andreoli.
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